Essas afirmações surgem em um momento em que a agricultura familiar e suas práticas sustentáveis ganham cada vez mais destaque nas agendas ambientais. Liara Carvalho, que ocupa um cargo estratégico no comitê organizador da COP 30, enfatizou a criação do “Círculo dos Povos”, um espaço dedicado à representação da agricultura familiar durante a conferência. Essa iniciativa reflete um esforço para reconhecer a contribuição dessas cooperativas na luta contra as mudanças climáticas e na promoção de uma agricultura mais sustentável.
O senador Fabiano Contarato, do PT do Espírito Santo, também participou do debate e sublinhou a necessidade de se ouvir as vozes do cooperativismo durante o evento. Para ele, as discussões em fóruns dessa magnitude devem incluir uma variedade de perspectivas, especialmente aquelas que representam modos de vida e práticas agrícolas que priorizam a sustentabilidade e a preservação ambiental.
A relevância do cooperativismo da agricultura familiar na luta contra as mudanças climáticas se torna ainda mais evidente quando se considera a produção local e o fortalecimento de comunidades. Esses aspectos não apenas impulsionam a economia, mas também promovem práticas agrícolas que respeitam o meio ambiente e garantem a segurança alimentar. A expectativa é que debater essas questões na COP 30 incentive políticas públicas que apoiem e valorizem a contribuição dessas cooperativas para um futuro mais sustentável. A identidade e as práticas agrícolas das comunidades locais precisam ser reconhecidas e respeitadas, não apenas durante a conferência, mas em todo o ciclo de decisões que impactam o meio ambiente e a agricultura no Brasil.