SENADO FEDERAL – Cooperativismo da Agricultura Familiar é Destaque em Debate na COP 30 sobre Sustentabilidade e Mudanças Climáticas

A Comissão de Meio Ambiente (CMA) discutiu recentemente a importância do cooperativismo da agricultura familiar no contexto da COP 30, a conferência das Nações Unidas que abordará questões climáticas. Durante o encontro, Alex Macedo, representante da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), destacaram um dado relevante: mais da metade (53%) da produção agrícola nacional é proveniente de cooperativas. Contudo, o especialista alertou que, apesar de sua relevância, a agricultura ainda é frequentemente tratada como uma vilã nas discussões sobre as mudanças climáticas.

Essas afirmações surgem em um momento em que a agricultura familiar e suas práticas sustentáveis ganham cada vez mais destaque nas agendas ambientais. Liara Carvalho, que ocupa um cargo estratégico no comitê organizador da COP 30, enfatizou a criação do “Círculo dos Povos”, um espaço dedicado à representação da agricultura familiar durante a conferência. Essa iniciativa reflete um esforço para reconhecer a contribuição dessas cooperativas na luta contra as mudanças climáticas e na promoção de uma agricultura mais sustentável.

O senador Fabiano Contarato, do PT do Espírito Santo, também participou do debate e sublinhou a necessidade de se ouvir as vozes do cooperativismo durante o evento. Para ele, as discussões em fóruns dessa magnitude devem incluir uma variedade de perspectivas, especialmente aquelas que representam modos de vida e práticas agrícolas que priorizam a sustentabilidade e a preservação ambiental.

A relevância do cooperativismo da agricultura familiar na luta contra as mudanças climáticas se torna ainda mais evidente quando se considera a produção local e o fortalecimento de comunidades. Esses aspectos não apenas impulsionam a economia, mas também promovem práticas agrícolas que respeitam o meio ambiente e garantem a segurança alimentar. A expectativa é que debater essas questões na COP 30 incentive políticas públicas que apoiem e valorizem a contribuição dessas cooperativas para um futuro mais sustentável. A identidade e as práticas agrícolas das comunidades locais precisam ser reconhecidas e respeitadas, não apenas durante a conferência, mas em todo o ciclo de decisões que impactam o meio ambiente e a agricultura no Brasil.

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