SENADO FEDERAL – Congresso Nacional derruba veto e define marco temporal para demarcação de terras indígenas, em vitória parlamentar sobre presidente Lula.

Na tarde desta quinta-feira (14), em sessão conjunta do Congresso Nacional, foi realizada a análise e derrubada do veto referente ao marco temporal para demarcação das terras indígenas, previsto no PL 2.903/2023. A proposta havia sido aprovada em setembro pelos parlamentares, mas vetada em outubro pelo presidente Lula, quando o projeto foi sancionado como a Lei 14.701, de 2023.

Com a derrubada do veto, volta a valer na lei o trecho que define as “terras indígenas tradicionalmente ocupadas” apenas como aquelas “habitadas e utilizadas” pelos indígenas para suas atividades produtivas na data da promulgação da Constituição.

A decisão de derrubar o veto gerou intensos debates e discussões entre os parlamentares, que argumentaram a importância de garantir a proteção e preservação dos territórios indígenas. Além disso, muitos destacaram a necessidade de respeitar os direitos dos povos indígenas e de assegurar a continuidade de suas práticas tradicionais e modos de vida.

A votação foi acompanhada de perto por representantes de comunidades indígenas, que comemoraram a derrubada do veto como uma vitória na luta por seus direitos. Diversas lideranças indígenas estiveram presentes no Congresso Nacional para acompanhar a decisão e expressaram sua satisfação com o resultado.

Por outro lado, a decisão também gerou reações contrárias de alguns setores da sociedade e do governo, que argumentaram que a derrubada do veto poderia gerar insegurança jurídica e conflitos fundiários. Segundo esses críticos, a manutenção do marco temporal poderia dificultar a demarcação de novas áreas para os povos indígenas e limitar o reconhecimento de territórios historicamente ocupados.

Apesar das divergências, a derrubada do veto representa uma importante conquista para as comunidades indígenas, que reivindicavam a manutenção do marco temporal como forma de garantir seus direitos territoriais. A decisão também coloca em evidência a importância do diálogo e da participação dos povos indígenas nos processos de definição das políticas públicas que impactam diretamente em suas vidas e territórios.

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