SENADO FEDERAL – Congresso Nacional debate regulamentação do serviço de vídeo sob demanda para garantir equidade no setor de streaming audiovisual no Brasil.

As plataformas de streaming no Brasil estão em constante crescimento, o que tem levado o Congresso Nacional a discutir maneiras de garantir um ambiente mais justo e equilibrado no setor, tanto para consumidores quanto para produtores nacionais de audiovisual. A regulamentação do serviço de vídeo sob demanda, também conhecido como video on demand (VoD), está em foco nos projetos de lei em análise pelos parlamentares.

Um estudo da Consultoria Legislativa do Senado, publicado recentemente, vem contribuindo para a análise do tema pelos parlamentares. O estudo, intitulado “Como Anda a Regulamentação dos Serviços de Vídeo sob Demanda no Brasil?”, elaborado pelo consultor Marcus Martins, aprofunda-se sobre as normas atuais que regem o segmento audiovisual no país. Ele aponta os efeitos da falta de arcabouço legal e de fiscalização e regulação setorial, além de examinar as principais proposições legislativas em tramitação no Congresso.

De acordo com dados compilados pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), em 2023, o mercado de VoD faturou US$ 1,95 bilhão com os serviços disponibilizados ao público brasileiro. As plataformas de vídeo online alcançaram uma audiência de 33,9% em janeiro de 2025, frente a 66,1% da TV com programação linear, incluindo a TV aberta.

No que diz respeito às propostas em análise, um dos projetos é o PL 2.331/2022, aprovado no Senado Federal e que está na Comissão de Cultura da Câmara dos Deputados. Esse projeto define regras como a obrigatoriedade de pagamento, pelas plataformas, de uma contribuição sobre a receita bruta anual e a exigência de cotas mínimas de exibição de conteúdos nacionais. O objetivo é ampliar as fontes de financiamento voltadas à produção audiovisual nacional e equilibrar as condições competitivas entre as plataformas de streaming de vídeo e os serviços de televisão por assinatura.

Outra proposta em análise é o PL 8.889/2017, que prevê cobrança da Contribuição para o Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica Nacional (Condecine) e cotas mínimas de exibição de conteúdos nacionais. Ambos os projetos buscam estabelecer uma regulamentação para um setor que carece de diretrizes claras até o momento.

Diante desse cenário, o debate sobre a regulamentação dos vídeos sob demanda no Brasil tem sido intenso, com representantes do setor e do governo buscando encontrar um equilíbrio que beneficie todo o ambiente audiovisual do país. A definição de normas que garantam a competitividade entre produtoras brasileiras e estrangeiras, bem como entre as diferentes plataformas de streaming e TVs por assinatura, é essencial para o desenvolvimento sustentável desse mercado em constante evolução.

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