SENADO FEDERAL – Congresso em Crise: Davi Alcolumbre Pede Retomada dos Trabalhos com Respeito e Diálogo Após Ação Opositorista que Impede Votações Importantes

Na última terça-feira, 5 de agosto, o presidente do Congresso Nacional, Davi Alcolumbre, fez um apelo público pela necessidade de restabelecer o funcionamento das atividades legislativas com “respeito, civilidade e diálogo”. A declaração ocorreu em meio a um impasse que levou parlamentares da oposição a bloquearem a realização das sessões tanto na Câmara quanto no Senado.

Em uma nota oficial, Alcolumbre ressaltou que o Parlamento tem compromissos significativos com a sociedade brasileira e enfatizou a importância do funcionamento adequado das duas Casas. Ele condenou a ocupação das Mesas, que inviabiliza o andamento dos trabalhos, classificando essa atitude como uma ação arbitrária e estranha aos princípios democráticos. O parlamentar também anunciou que irá convocar uma reunião com líderes partidários, apesar da data ainda não ter sido definida, com o objetivo de dar continuidade à ordem do dia legislativa.

A obstrução das votações foi anunciada em uma coletiva de imprensa realizada pela bancada oposicionista na mesma manhã. Os opositores explicaram que pretendem obstruir as votações até que a liderança das duas Casas considere a inclusão em pauta de suas propostas, que eles referem como um “pacote da paz”. Esse conjunto de medidas inclui a anistia a acusados pelos eventos de 8 de janeiro de 2023, o impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes e a proposta de emenda à Constituição para acabar com o foro privilegiado.

Randolfe Rodrigues, líder do governo no Congresso, criticou fortemente a ação da oposição, comparando-a a um “novo 8 de janeiro”. Para ele, essa obstrução não é legítima e, por sua vez, prejudica diretamente cerca de 40 milhões de brasileiros que poderiam se beneficiar de mudanças na tabela do Imposto de Renda, já aprovadas por uma comissão e com urgência pedida para votação no Plenário.

Por outro lado, Rogério Marinho, líder da oposição no Senado, reconheceu que a posição do seu grupo poderia ser vista como radical. Contudo, defendeu que é imperativo discutir a pauta proposta pelos opositores, que atende a uma parte significativa do parlamento. Marinho afirmou que os projetos em questão não são extraordinários, pedindo apenas a atenção necessária para a adequada tramitação das leis. A expectativa continua em torno de uma possível resolução que permita o normal funcionamento do Congresso, em benefício da população e do país.

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