A sessão, que começou com uma hora de atraso, contou, inicialmente, com a participação de 360 deputados e 60 senadores. Durante o encontro, ao ser questionado sobre o procedimento de leitura do requerimento que propõe a CPMI, Alcolumbre afirmou que essa etapa está prevista para ocorrer ainda no decorrer da sessão. Ele destacou que a proposta conta com o número mínimo necessário de assinaturas de parlamentares, garantindo assim que a discussão avance.
Por outro lado, a discussão sobre a CPMI não é unânime entre os membros do Congresso. O senador Jaques Wagner, vice-líder do Governo no Senado, expressou sua oposição à criação da comissão, alegando que a questão já foi objeto de investigações anteriores por parte da Polícia Federal e da Controladoria-Geral da União (CGU). Segundo Wagner, já houve indiciamentos e até bloqueios de valores vinculados às fraudes, o que levanta dúvidas sobre a real necessidade de uma nova investigação por meio da CPMI.
“A Polícia Federal já investigou, e pessoas foram indiciadas. Não sei ao certo o que uma CPMI poderia acrescentar a esse debate”, afirmou Wagner, ainda ressaltando que o Brasil deveria direcionar suas atenções a questões mais fundamentais, em vez de aprofundar-se em investigações que, em sua visão, podem trazer uma perspectiva pessimista à sociedade. Mesmo assim, segundo ele, caso a CPMI avance, o Governo estará disposto a participar do debate de forma construtiva. Dessa maneira, a criação da CPMI para averiguar fraudes no INSS promete ser um tema de intenso debate e contestações nas próximas sessões do Congresso.