As comissões têm um papel fundamental dentro do arcabouço legislativo, possibilitando ao Congresso atuar com poderes similares aos da Justiça, permitindo a coleta de depoimentos, a realização de audiências e a análise de documentos. Ao final das investigações, os relatórios gerados podem ser encaminhados ao Ministério Público, que poderá decidir se há fundamentos para responsabilizar os investigados, além de sugerir mudanças nas legislações pertinentes.
A CPMI referente ao INSS surgiu após o destaque midiático em relação a denúncias de descontos indevidos em benefícios de aposentados. A comissão será composta por 15 deputados e 15 senadores, incluindo suplentes, e será fundamental para esclarecer a mecânica de fraudes que levaram a perdas de bilhões em recursos destinados a segurados.
O senador Randolfe Rodrigues, líder do governo no Congresso, ressaltou que essas fraudes foram expostas graças a ações da Controladoria-Geral da União (CGU) e da Polícia Federal, destacando que o foco será na responsabilização dos culpados, independente de sua vinculação a governos anteriores.
Paralelamente, a CPI do Crime Organizado, proposta pelo senador Alessandro Vieira, visa esclarecer e responsabilizar as estruturas que permitem a expansão das facções criminosas e milícias no país. Com um funcionamento previsto para 120 dias, essa comissão espera propor medidas legislativas que reforcem a segurança pública enquanto desestimulam o fluxo financeiro das organizações criminosas.
Além disso, outra CPI focada na violência doméstica, proposta por Jorge Kajuru, ainda não foi ativada, mas ressalta a necessidade urgente de abordar essa questão social que afeta diariamente as mulheres no Brasil, abrangendo diversas formas de violência.
Essas iniciativas refletem a crescente preocupação do Legislativo com a fiscalização e a justiça social, mostrando um empenho em abordar questões que impactam diretamente a sociedade brasileira.