SENADO FEDERAL – “Comissão do Senado Pode Aprovar Aumento de Impostos para Fintechs e Apostas na Próxima Terça-feira”

Na próxima terça-feira, dia 18, a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado se reunirá às 10h para deliberar sobre um importante projeto de lei que propõe alterações significativas na tributação de certos setores econômicos. Entre as principais mudanças, destaca-se o aumento da Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido (CSLL) para fintechs e instituições financeiras, assim como o dobro da taxação sobre apostas esportivas de quota fixa. Além disso, o projeto visa criar um programa de regularização tributária voltado a pessoas físicas de baixa renda.

Este projeto, conhecido como PL 5.473/2025, foi proposto pelo presidente da CAE, senador Renan Calheiros, e apresentado como uma complementação ao PL 1.087/2025. O anterior já havia como objetivo isentar do Imposto de Renda aqueles que recebem até R$ 5 mil mensais, ao mesmo tempo que aumentava a taxação para as rendas mais altas.

O relator da proposta, senador Eduardo Braga, havia lido seu parecer em uma sessão anterior, mas a votação foi adiada para a reunião marcada. A aprovação na CAE seria definitiva, permitindo que o texto siga diretamente à Câmara dos Deputados, a menos que surjam recursos para uma votação em Plenário.

Na mesma reunião, a CAE também abordará outros cinco itens de grande relevância, incluindo um projeto que altera os valores de enquadramento do Microempreendedor Individual (MEI). A proposta visa aumentar o limite de receita bruta anual para R$ 140 mil, criando o “Super MEI”, que atualmente é de R$ 81 mil. Essa mudança é apoiada por outro projeto que estabelece uma faixa intermediária de contribuição para microempreendedores que faturam entre R$ 81 mil e R$ 140 mil.

Outro destaque na pauta é a criação do Fundo Nacional dos Direitos das Pessoas com Deficiência, que busca desenvolver políticas públicas voltadas a esse segmento. O projeto possibilita que doações a fundos estaduais e municipais sejam deduzidas do Imposto de Renda por um período de cinco anos, com um limite de 1% do imposto devido em cada exercício. O autor da proposta, senador Paulo Paim, defende que iniciativas dessa natureza são essenciais para promover a inclusão e a equidade social.

A votação se dará em caráter terminativo, portanto, caso seja aprovada, o texto seguirá diretamente para a Câmara dos Deputados, sem a necessidade de passar pelo Plenário do Senado.

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