SENADO FEDERAL – Comissão do Senado discute caravana de direitos em municípios gaúchos atingidos por enchentes. Medidas para evitar judicialização de benefícios são analisadas.

A comissão temporária do Senado responsável por acompanhar as ações de enfrentamento da calamidade provocada pelas chuvas no Rio Grande do Sul, conhecida como CTERS, realizará uma audiência pública interativa na terça-feira (3) às 14h30. O objetivo do encontro é discutir a Caravana de Direitos, que está percorrendo os 111 municípios gaúchos mais impactados pelas enchentes.

Iniciada no dia 1º de julho e com previsão de encerramento em 31 de outubro, a Caravana de Direitos é uma iniciativa promovida pela Advocacia-Geral da União (AGU) em parceria com a Defensoria Pública da União (DPU). O foco principal é evitar a judicialização dos benefícios destinados às vítimas da catástrofe, como o auxílio-reconstrução no valor de R$ 5,1 mil, além de simplificar o acesso a outros programas sociais, como Bolsa Família, seguro-desemprego, FGTS, INSS, saque do abono salarial e antecipação do Imposto de Renda.

O requerimento para a realização da audiência pública foi apresentado pelo senador Paulo Paim (PT-RS), presidente da comissão temporária. De acordo com o parlamentar, as chuvas intensas transformaram o estado em um cenário de devastação, com dezenas de vidas perdidas, cidades isoladas e infraestrutura danificada. Mais de 800 mil pessoas foram afetadas e os relatos são angustiantes.

Durante a audiência, que ocorrerá no plenário 15 da Ala Senador Alexandre Costa, o defensor público-geral, Leonardo Cardoso de Magalhães, estará presente para contribuir com o debate. A Caravana de Direitos já passou por Porto Alegre e avançou para os demais municípios com alto índice de população em situação de vulnerabilidade, alcançando cerca de 6,8 milhões de pessoas, o equivalente a 63% da população estadual.

A equipe da Caravana é formada por defensores e advogados públicos federais, além de assistentes sociais e psicólogos, que também prestam assistência a comunidades indígenas, quilombolas, população de rua e presos. O Senado disponibiliza a participação dos cidadãos de forma interativa, através do telefone da Ouvidoria do Senado ou pelo Portal e‑Cidadania, onde perguntas e comentários podem ser enviados e respondidos ao vivo pelos senadores e debatedores. Esta é uma oportunidade para a população contribuir com sugestões e opiniões sobre os projetos em andamento na casa legislativa.

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