A iniciativa, apresentada pelo líder do governo, senador Jaques Wagner, busca facilitar a implementação de uma medida provisória que libera os recursos necessários para esta ação. O relator do projeto, senador Veneziano Vital do Rêgo, destacou a urgência de ações para apoiar as empresas afetadas, argumentando que a atual situação exigia uma resposta imediata do governo. Ele enfatizou a discrepância entre as taxas aplicadas ao Brasil e aos demais países, ressaltando que uma flexibilização temporária das regras fiscais é crucial para o socorro às empresas e a manutenção de empregos.
No entanto, o projeto não passou sem críticas. Senadores da oposição, como Rogério Marinho e Izalci Lucas, manifestaram preocupações sobre a necessidade de responsabilidade fiscal, lembrando que o país já enfrentou situações críticas no passado devido a gastos excessivos. Marinho alertou para os riscos de comprometer o futuro econômico em nome de soluções imediatas, enquanto Lucas defendeu que qualquer medida adotada pelo governo deva respeitar as diretrizes orçamentárias estabelecidas.
O projeto também prevê alterações significativas em programas como o Regime Especial de Reintegração de Valores Tributários para as Empresas Exportadoras (Reintegra), que irá aumentar a devolução de tributos para produtos afetados pelas tarifas americanas. Além disso, a proposta permitirá que a União amplie sua participação em diversos fundos garantidores, destinando novos recursos para financiar medidas de apoio aos exportadores.
A expectativa é que esse conjunto de ações faça com que pequenos e médios empreendedores consigam acessar linhas de crédito mais acessíveis e garantam a competitividade no mercado internacional, em um cenário de grandes desafios impostos por tarifas externas. Com a aprovação na CAE, o projeto agora segue para a análise do Plenário, onde poderá receber novas modificações antes de sua eventual implementação.