SENADO FEDERAL – Comissão do Senado aprova projeto para liberar R$ 30 bilhões contra impactos das tarifas dos EUA em produtos brasileiros

Na terça-feira, 16 de outubro, a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprovou um projeto de lei que estabelece medidas excepcionais para gerenciar os R$ 30 bilhões em empréstimos e renúncias fiscais. Esses recursos têm como objetivo mitigar os efeitos socioeconômicos das tarifas impostas pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros. A proposta, que agora avança para votação no Plenário, visa garantir que essas despesas não sejam contabilizadas nas metas de resultado primário definidas pela Lei de Responsabilidade Fiscal e no novo arcabouço fiscal do governo.

A iniciativa, apresentada pelo líder do governo, senador Jaques Wagner, busca facilitar a implementação de uma medida provisória que libera os recursos necessários para esta ação. O relator do projeto, senador Veneziano Vital do Rêgo, destacou a urgência de ações para apoiar as empresas afetadas, argumentando que a atual situação exigia uma resposta imediata do governo. Ele enfatizou a discrepância entre as taxas aplicadas ao Brasil e aos demais países, ressaltando que uma flexibilização temporária das regras fiscais é crucial para o socorro às empresas e a manutenção de empregos.

No entanto, o projeto não passou sem críticas. Senadores da oposição, como Rogério Marinho e Izalci Lucas, manifestaram preocupações sobre a necessidade de responsabilidade fiscal, lembrando que o país já enfrentou situações críticas no passado devido a gastos excessivos. Marinho alertou para os riscos de comprometer o futuro econômico em nome de soluções imediatas, enquanto Lucas defendeu que qualquer medida adotada pelo governo deva respeitar as diretrizes orçamentárias estabelecidas.

O projeto também prevê alterações significativas em programas como o Regime Especial de Reintegração de Valores Tributários para as Empresas Exportadoras (Reintegra), que irá aumentar a devolução de tributos para produtos afetados pelas tarifas americanas. Além disso, a proposta permitirá que a União amplie sua participação em diversos fundos garantidores, destinando novos recursos para financiar medidas de apoio aos exportadores.

A expectativa é que esse conjunto de ações faça com que pequenos e médios empreendedores consigam acessar linhas de crédito mais acessíveis e garantam a competitividade no mercado internacional, em um cenário de grandes desafios impostos por tarifas externas. Com a aprovação na CAE, o projeto agora segue para a análise do Plenário, onde poderá receber novas modificações antes de sua eventual implementação.

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