Um ponto central discutido durante o encontro foi a necessidade de garantir a soberania sanitária. Especialistas enfatizaram que o Brasil deve desenvolver sua própria capacidade de produção de insumos e medicamentos, reduzindo a dependência de importações, especialmente em tempos de crise, como a vivenciada durante a pandemia de COVID-19. Essa autonomia é vista como fundamental tanto para a proteção da saúde pública quanto para a segurança econômica.
Outro aspecto relevante abordado foi o desenvolvimento tecnológico dentro do setor de saúde. Os especialistas alertaram que a inovação e a pesquisa são essenciais para se manter competitivo em um cenário global que está em constante evolução. Para isso, a recomposição do Fundo Nacional de Ciência e Tecnologia foi apresentada como uma medida urgente. Investir em pesquisa e desenvolvimento é crucial não apenas para impulsionar a indústria nacional, mas também para fornecer tratamentos de qualidade e promover a saúde da população de forma eficaz.
A senadora Mara Gabrilli, do PSD de São Paulo, e o senador Veneziano Vital do Rêgo, do MDB da Paraíba, foram os responsáveis por convocar a audiência pública. Durante suas intervenções, Gabrilli destacou a importância de fortalecer o Sistema Único de Saúde (SUS) e sua autonomia tecnológica. Para ela, garantir que o SUS tenha a capacidade de produzir e inovar é fundamental para atender a demanda da população de maneira eficiente e ética, respeitando o princípio da universalidade no acesso à saúde.
O debate na CAS não apenas trouxe à luz os principais desafios enfrentados pelo Complexo Econômico-Industrial da Saúde, mas também apontou caminhos para um futuro mais sustentável e autônomo para o país, enfatizando a importância de um sistema de saúde robusto e inovador.
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