Segundo os defensores do projeto, a medida é necessária para garantir a segurança dos servidores que atuam em regiões de conflito e de grande vulnerabilidade. O texto foi elaborado pela comissão temporária externa que investigou o aumento da criminalidade na Região Norte, no ano passado, e teve sua aprovação na CMA como uma forma de tentar coibir a violência contra os agentes ambientais.
No entanto, críticos da proposta argumentam que o porte de arma de fogo não é a solução ideal para proteger os servidores e que pode, na verdade, aumentar o risco de confrontos e violência. Além disso, há preocupações com relação ao treinamento e capacitação necessários para o manuseio adequado de armas de fogo, uma vez que a função dos servidores da Funai, do Ibama e do ICMBio não está diretamente relacionada ao uso de armamento.
O projeto agora segue para análise da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), onde deverá ser debatido em mais detalhes antes de seguir para votação em plenário. A decisão final sobre a concessão do porte de arma de fogo aos servidores da Funai e dos órgãos ambientais federais promete continuar gerando controvérsia e debates acalorados entre os parlamentares e a sociedade civil.