Durante a inspeção, a presidente da CDH, senadora Damares Alves, destacou a importância do trabalho realizado pelo governo brasileiro, classificando-o como “modelo para o mundo”. A senadora enfatizou que o Brasil tem se mostrado comprometido em garantir a proteção e o acolhimento dos venezuelanos, que buscam no país uma nova oportunidade de vida, longe da instabilidade política e econômica que aflige sua terra natal.
A Operação Acolhida se apresenta como um esforço humanitário que vai além do simples fornecimento de abrigo. Ela abrange ações como assistência médica, integração social e programas de apoio à inserção no mercado de trabalho. Os profissionais envolvidos têm trabalhado para estruturar um sistema que facilite a adaptação dos imigrantes à nova realidade, promovendo a dignidade e a autonomia dessas pessoas.
Entretanto, a realidade nos centros de acolhida ainda apresenta desafios. Muitos imigrantes enfrentam dificuldades relacionadas à documentação, o que pode limitar suas oportunidades de emprego e acesso a serviços básicos. Além disso, a demanda por recursos e infraestrutura é crescente, e as autoridades precisam de um planejamento contínuo para atender não apenas às necessidades imediatas, mas também às expectativas de um futuro mais estável.
Enquanto isso, a população local também se mostra dividida em relação à presença dos venezuelanos. Há, por um lado, uma tendência de solidariedade e acolhimento, mas também vozes que expressam preocupações sobre a capacidade do Brasil em absorver um número tão elevado de imigrantes.
Diante desse cenário, a missão da Operação Acolhida e o papel da CDH se tornam ainda mais relevantes. A busca por soluções efetivas e sustentáveis para os imigrantes venezuelanos será fundamental para assegurar que o Brasil continue a ser um país que promove os direitos humanos e a proteção internacional, sendo um exemplo positivo diante da crise migratória que afeta a América Latina.