Durante a visita, a comitiva da CDH constatou que os ianomâmis, um dos grupos mais afetados pela exploração desenfreada de recursos naturais, lidam com questões de saúde crítica que incluem a desnutrição e a falta de acesso a cuidados médicos adequados. O garimpo ilegal não só compromete a integridade de seu território, mas também representa um risco à sua saúde e bem-estar, ao contaminar os rios e o solo, fontes essenciais para a sobrevivência da comunidade.
Além de se debruçar sobre a realidade dos ianomâmis, a comissão também se dedicou a visitar abrigos que acolhem imigrantes venezuelanos, outro grupo vulnerável que apresenta desafios significativos. A situação de muitos desses indivíduos é precária, marcada pela busca por segurança e condições dignas após a fuga de crises políticas e econômicas em seu país natal. As visitas têm como intuito compreender melhor as necessidades desta população e investigar a eficiência das políticas públicas implementadas em Boa Vista para assisti-los.
A atuação da CDH nesse contexto é fundamental não apenas para a produção de um diagnóstico sobre as realidades enfrentadas por grupos historicamente marginalizados, mas também para a formação de um canal de diálogo com as autoridades locais e a sociedade civil. A promoção dos direitos humanos deve ser uma prioridade, exigindo ações eficazes e comprometimento por parte de todos os setores da sociedade para garantir que ninguém fique para trás. A vigilância sobre as ações de proteção aos direitos dos povos indígenas e imigrantes é um passo crucial na construção de um futuro mais justo e equitativo para todos.