O relator da proposta, senador Márcio Bittar (PL-AC), sugeriu um substitutivo que modifica reivindicações do texto original, propondo, por exemplo, a remoção do limite de idade para a liberação compulsória dos jovens, que atualmente está estabelecido em 21 anos. Outras alterações incluem a ampliação do intervalo para reavaliação das medidas de internação, que passaria a ser feita anualmente, e a eliminação do prazo de 45 dias para a internação compulsória. Além disso, o projeto prevê mudanças no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e no Código Penal, intensificando a discussão sobre as políticas de justiça juvenil.
Complementando a pauta, um projeto anterior, o PL 1.473/2025, que também visa endurecer as regras para adolescentes que cometem infrações, foi aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), revelando um movimento contínuo em direção a políticas mais rigorosas.
Outro tópico relevante na reunião da CDH trata da classificação da deficiência auditiva unilateral como uma deficiência sensorial. O senador Rogério Carvalho (PT-SE) propõe a alteração no Estatuto da Pessoa com Deficiência, enfatizando que essa condição não afeta apenas os idosos, mas também jovens e crianças, afetando a qualidade de vida e a autoestima de milhões de pessoas no Brasil.
Além disso, a comissão deve discutir uma proposta que assegura o ensino remoto para estudantes gestantes e lactantes até que suas crianças completem um ano. A proposta, que visa proporcionar suporte para que mães possam continuar seus estudos, foi apresentada pela ex-senadora Janaína Freitas (CE) e já recebeu parecer favorável da atual relatora, senadora Damares Alves (Republicanos-DF).
Em outro campo, será debatido o PL 2.036/2024, que busca impedir que operadoras de planos de saúde cancelem contratos de forma unilateral com pessoas idosas ou com deficiência. Essa iniciativa é uma resposta a um aumento alarmante de reclamações sobre rescisões não justificadas nas operadoras de saúde, refletindo uma necessidade urgentemente reconhecida de proteger os direitos dos mais vulneráveis.
A reunião ocorrerá na sala 2 da ala Nilo Coelho e promete ser um espaço de debates significativos sobre direitos e proteções essenciais para segmentos da população que frequentemente encontram obstáculos nos sistemas legais e de saúde.