SENADO FEDERAL – Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) inicia atividades em fevereiro com projetos polêmicos em pauta para votação.

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado Federal iniciou suas atividades em fevereiro de forma marcada por debates acalorados e projetos de lei polêmicos na fila de votação. Entre as 32 propostas em pauta, destacam-se temas como aborto, cotas, redução da maioridade penal e diminuição da área protegida na Amazônia.

É importante ressaltar que quase 60% das proposições estão sob relatoria de senadores da oposição, o que evidencia a diversidade de ideias presentes no colegiado. Uma das propostas que chamou a atenção foi o Projeto de Decreto Legislativo (PDL) 343/2023, que propõe um plebiscito para que os eleitores decidam sobre a legalização do aborto no Brasil.

O plebiscito, idealizado inicialmente pelo senador Rogerio Marinho e apoiado por outros parlamentares, tem como objetivo ouvir a população antes de qualquer decisão legislativa. Segundo o senador Magno Malta, relator do projeto, é uma forma de a democracia se manifestar em questões de relevância constitucional e administrativa.

Outro tema abordado na CCJ foi o projeto de lei do senador Fabiano Contarato, que busca permitir o registro de duas mães, dois pais ou apenas um deles nas certidões de nascimento. A proposta recebeu apoio do senador Alessandro Vieira, que destacou a importância de reconhecer a diversidade familiar na sociedade.

Além disso, a redução da maioridade penal, o novo Código Eleitoral e a questão das cotas também estão entre os temas que estão em discussão na comissão. Projetos como a PEC 32/2019, que propõe a diminuição da idade de responsabilidade penal, e o PLP 112/2021, que estabelece cotas para candidaturas femininas, estão gerando intensos debates entre os senadores.

Com o mandato do atual presidente da CCJ, senador Davi Alcolumbre, chegando ao fim em fevereiro, a expectativa é de que novas lideranças sejam eleitas para conduzir os trabalhos do colegiado. A diversidade de temas e opiniões presentes na comissão promete continuar gerando debates acalorados e decisões importantes para o país.

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