Durante o debate, a senadora Tereza Cristina, do Partido Progressista de Mato Grosso do Sul, levantou sérias questões sobre a metodologia utilizada para calcular as emissões de gases nocivos provenientes da agricultura. A crítica da parlamentar sugere uma necessidade de revisão nos métodos atuais, visando garantir que os dados coletados reflitam de forma precisa a realidade do setor. Para Tereza, uma avaliação inadequada pode prejudicar a imagem da agropecuária brasileira e comprometer políticas de desenvolvimento sustentável.
O senador Jaime Baggatoli, do PL de Rondônia, também participou da discussão e fez uma observação importante ao afirmar que o setor de energia aparentemente enfrenta menos penalizações em comparação com a agricultura e a pecuária. Sua colocação ressalta um possível desequilíbrio nas políticas ambientais, onde setores cruciais para a economia podem estar se beneficiando de regulamentações mais brandas.
Por sua vez, Marcelo Morandi, representante da Embrapa, abordou a complexidade associada ao uso da terra e ao desmatamento. Ele enfatizou a importância de diferenciá-los em análises e discussões relacionadas às emissões de gases de efeito estufa. Morandi argumentou que uma abordagem segmentada ajudaria a entender melhor as dinâmicas das emissões no agropecuário e, consequentemente, possibilitaria o desenvolvimento de estratégias mais eficazes para mitigar os impactos ambientais provenientes do setor.
O diálogo na CRA é fundamental para que se busquem soluções que não apenas respeitem o meio ambiente, mas que também promovam o desenvolvimento da agricultura e pecuária de forma sustentável. A discussão se insere em um contexto mais amplo de desafios climáticos e exige uma colaboração contínua entre o setor público e privado, bem como a participação ativa de pesquisadores e especialistas.
