Os estudos necessários para a criação das APAs estão sendo realizados pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), a pedido da Fundação Casa da Cultura de Marabá e da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa), esse pedido foi registrado em outubro do ano corrente. A importância do Paleocanal do Rio Tocantins é destacada por pesquisadores, que ressaltam não apenas sua rica biodiversidade, mas também as comunidades tradicionais que habitam essa área, além do potencial para o turismo sustentável.
No entanto, o senador Zequinha Marinho levanta preocupações sobre o impacto negativo que a criação das APAs pode ter sobre as atividades produtivas locais. “Dada a importância da área envolvida e o número significativo de famílias de produtores rurais que podem ser atingidas, é vital ouvir essas comunidades e assegurar que suas vozes sejam consideradas”, apontou Marinho, ressaltando a necessidade de um espaço para que os produtores se posicionem sobre a questão.
Se implementadas, a APA do Paleocanal abrangerá os municípios de Nova Ipixuna, Marabá e Itupiranga, enquanto a APA do Bico do Papagaio envolverá áreas dos municípios de Marabá, Bom Jesus do Tocantins e São João do Araguaia, além de regiões de três municípios do estado do Tocantins e dois do Maranhão.
A audiência contará com a presença de prefeitos, representantes de sindicatos rurais e do ICMBio, promovendo um espaço de diálogo e debate sobre as implicações dessas propostas. Para participação popular, os cidadãos poderão enviar perguntas e comentários por meio da Ouvidoria do Senado ou pelo Portal e-Cidadania, ferramenta que permite a interação em tempo real com os senadores e debatedores. Além disso, o Senado oferece declarações de participação, que podem ser utilizadas como atividade complementar em cursos universitários, evidenciando a busca por uma maior engajamento da sociedade nas decisões legislativas.