SENADO FEDERAL – Comissão adia votação de projeto que proíbe interrupção de serviços sem aviso prévio, após fechamento da Itapemirim Transportes Aéreos.

Na última terça-feira (3), a Comissão de Infraestrutura (CI) do Senado adiou a votação do Projeto de Lei 42/2022, que tem como objetivo proibir empresas concessionárias de serviço público, como as aéreas, de interromperem suas operações sem prévia comunicação oficial à imprensa ou por meio da internet. O PL foi apresentado pelo senador Mecias de Jesus (Republicanos-RR) e conta com parecer favorável do senador Chico Rodrigues (SB-RR). No entanto, o presidente do colegiado, senador Confúcio Moura (MDB-RO), decidiu retirar o texto de pauta para maiores análises.

A proposta visa proteger os usuários e evitar surpresas com a interrupção dos serviços sem comunicação prévia. Um caso recente citado pelo senador Mecias foi o da Itapemirim Transportes Aéreos, que encerrou suas atividades sem aviso prévio, deixando passageiros desamparados em uma semana de Natal. O grupo empresarial já se encontrava em processo de recuperação judicial.

Por sua vez, o senador Chico Rodrigues justificou em seu parecer que o transporte aéreo no Brasil é uma atividade econômica fiscalizada, e não um serviço público. No entanto, ele apresentou uma emenda ao projeto para incluir a modificação no Código Brasileiro de Aeronáutica (Lei 7.565/1986), a fim de que a mudança alcance também a prestação de serviço de transporte aéreo regular. Além de proibir a interrupção das operações sem aviso, o projeto também determina que as empresas ofereçam canais de atendimento aos usuários e veda a autorização do serviço público a empresas em recuperação judicial.

A iniciativa tem como objetivo garantir mais transparência e segurança aos usuários dos serviços públicos, evitando surpresas desagradáveis como as enfrentadas pelos passageiros da Itapemirim. O adiamento da votação permitirá uma análise mais detalhada do texto e eventuais ajustes antes da decisão final.

Jornal Rede Repórter - Click e confira!


Botão Voltar ao topo