Beto Faro justificou seu pedido de vista alegando que o projeto foi aprovado com urgência na Câmara dos Deputados sem um entendimento prévio com a equipe econômica do governo federal sobre as fontes de custeio da medida. Ele expressou preocupação com o equilíbrio das contas públicas e destacou a necessidade de um diálogo mais amplo para viabilizar o ajuste fiscal.
O PL em questão prevê o perdão das dívidas relacionadas a operações de custeio agropecuário em municípios em estado de calamidade pública ou situação de emergência reconhecida pelo governo federal. O benefício não implicaria em devolução de valores aos produtores e não se aplicaria a dívidas já quitadas. Além disso, o projeto propõe o adiamento do vencimento de parcelas de financiamentos para dois anos após a publicação da lei, sem penalidades adicionais.
O senador Ireneu Orth defendeu a importância da medida para a recuperação do setor agropecuário no Rio Grande do Sul, ressaltando seus impactos positivos na geração de empregos e na segurança alimentar do país. Por outro lado, o senador Hamilton Mourão destacou a urgência do auxílio aos produtores gaúchos, sugerindo como fonte de receita os recursos destinados à compra e importação de arroz pelo governo.
A aprovação do projeto na CRA é o primeiro passo para sua tramitação no Senado. Caso seja aprovado, o PL seguirá para análise na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE). A reunião da CRA foi presidida pela senadora Margareth Buzetti e contou com a presença de parlamentares engajados na discussão sobre as medidas de auxílio aos produtores rurais afetados pelas intempéries climáticas.