Os debates, solicitados pelo senador Fernando Dueire (MDB-PE) e pelo senador Carlos Viana (Podemos-MG), foram conduzidos pelo próprio Dueire, que explicou a decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de reverter a liquidação do Ceitec, iniciada durante o governo anterior. A Associação dos Colaboradores do Ceitec defendeu que a baixa lucratividade da empresa era atribuída a contratos frustrados e demonstrou otimismo quanto ao aumento das receitas futuras.
Um dos principais alertas feitos durante as audiências foi sobre a instabilidade global no fornecimento de semicondutores, o que coloca o Brasil em uma posição vulnerável diante de crises geopolíticas e calamidades naturais. Eugênio Vargas Garcia, do Ministério das Relações Exteriores, destacou os riscos da concentração da indústria de semicondutores no leste asiático e a hegemonia das empresas americanas nesse setor.
Outros participantes, como Leonardo Boselli da Motta do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) e Henrique de Oliveira Miguel do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), ressaltaram a importância de atrair investimentos e desenvolver tecnologia nacional na produção de semicondutores. As perspectivas de parcerias com o setor privado e acadêmico foram mencionadas como estratégias para impulsionar a indústria brasileira nesse segmento.
Diante dos desafios e oportunidades apresentados durante as audiências, ficou evidente a relevância do Ceitec e da indústria de semicondutores para o Brasil. A retomada da empresa e a valorização do setor tecnológico como um todo foram apontadas como caminhos necessários para fortalecer a soberania nacional e impulsionar o desenvolvimento econômico do país.