Entre as medidas propostas, destaca-se a proteção da fauna e da flora locais, que são fundamentais para a manutenção do ecossistema pantaneiro. O estatuto também estabelece normas para a exploração sustentável do solo, promovendo práticas que respeitem o meio ambiente e que busquem um equilíbrio entre desenvolvimento econômico e preservação.
O combate a incêndios, que tem se tornado uma preocupação crescente na região, é outra prioridade do projeto. As diretrizes incluem estratégias efetivas para prevenir e controlar esses sinistros, que podem devastar grandes áreas de vegetação nativa e impactar severamente a vida selvagem.
Além disso, a proposta traz orientações sobre o turismo sustentável, um setor que pode contribuir significativamente para a economia local sem comprometer o patrimônio natural. O projeto enfatiza a importância de respeitar a cultura pantaneira e as comunidades tradicionais, valorizando suas práticas e saberes que, por sua vez, são essenciais para a preservação da identidade local.
Importante ressaltar que a aprovação deste projeto atende a uma determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), que, em junho de 2024, havia ordenado ao Congresso Nacional a elaboração de uma legislação específica para a proteção do Pantanal. Este passo significativo sinaliza um avanço nas políticas de proteção ambiental, especialmente em um momento em que a conservação dos biomas brasileiros se torna cada vez mais urgente diante das pressões do desenvolvimento e das mudanças climáticas.
Assim, o Estatuto do Pantanal representa não apenas um marco legislativo, mas também uma promessa de um futuro mais sustentável para essa região ímpar, garantindo que as próximas gerações possam desfrutar de suas riquezas naturais e culturais.