O relator da proposta, o senador Marcelo Castro, do MDB do Maranhão, incorporou uma cláusula de contenção que visa evitar um aumento nos gastos associados à ampliação do número de parlamentares. Essa medida foi considerada crucial para garantir que a ampliação do número de representantes não resulte em um impacto financeiro excessivo aos cofres públicos. Além disso, Castro enfatizou que não haverá acréscimos nos valores das emendas parlamentares, um ponto que poderia gerar controvérsias e preocupações adicionais sobre gastos públicos.
No entanto, a aprovação da proposta não veio sem críticas. O senador Eduardo Girão, do partido Novo do Ceará, foi um dos opositores mais destacados. Ele levantou preocupações em relação ao impacto financeiro que essa expansão pode gerar, mencionando que a inclusão de mais deputados federais poderá custar, anualmente, cerca de R$ 65 milhões aos cofres públicos. Girão também lembrou que o aumento no número de deputados estaduais seria ainda mais oneroso, atingindo a cifra de R$ 85 milhões, o que ele considera uma despesa que a sociedade brasileira deve evitar em tempos de contenção orçamentária e necessidade de equilíbrio fiscal.
Após essa votação, o projeto seguirá seu fluxo legislativo e retornará à Câmara dos Deputados, onde poderá ser submetido a novas discussões e potenciais alterações. A expectativa é que esse debate continue a atrair a atenção dos parlamentares e do público, dada a implicação direta que a ampliação de representantes federais tem sobre a representação popular e a gestão dos recursos públicos.