O evento, que congrega 15 países, sendo 11 do grupo Brics e quatro nações parceiras, contou com a participação de cerca de 150 parlamentares. O Brics representa uma plataforma importante para a articulação político-diplomática entre as nações do Sul global. Os debates visam fomentar a cooperação interparlamentar, promovendo o diálogo, a troca de boas práticas e a construção de uma agenda comum voltada para o desenvolvimento sustentável e a justiça social.
Um dos momentos marcantes do dia foi a Reunião de Mulheres Parlamentares, que refletiu sobre o impacto das transformações tecnológicas e ambientais na vida das mulheres. A senadora Leila Barros, liderando a bancada feminina no Senado, enfatizou a inadmissibilidade de discutir desenvolvimento sem a inclusão das questões de gênero. Durante a discussão, a parlamentar dos Emirados Árabes Unidos, Sara Falaknaz, destacou a urgência de garantir que a evolução tecnológica respeite princípios éticos e promova a dignidade.
A agenda também incluiu sessões sobre a participação das mulheres no enfrentamento da crise climática, onde a deputada sul-africana Nqabisa Gantsho apontou que as mulheres são frequentemente marginalizadas nos processos decisórios e sofrem desproporcionalmente com desastres naturais.
Além disso, o encontro dos presidentes das Comissões de Relações Exteriores do Brics se concentrou na necessidade de fortalecer o multilateralismo em um mundo cada vez mais marcado por ações protecionistas. O senador Nelsinho Trad, presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado brasileiro, destacou a importância do Brics como plataforma para que países em desenvolvimento compartilhem seus interesses e preocupações.
Os temas de desenvolvimento sustentável foram ainda mais explorados em debates sobre investimentos e transferência de tecnologia, com parlamentares reforçando a necessidade de parcerias para superar desafios climáticos e econômicos. A programação do fórum se estende até sexta-feira (5) e abordará questões como saúde global, reformulação das estruturas de segurança e uma cooperação interparlamentar mais robusta, culminando na adoção de um documento conjunto a ser levado à próxima cúpula de líderes do Brics em 2025.
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