De acordo com o diretor-executivo da IFI, Marcus Pestana, as projeções apontam para um cenário mais grave do que o previsto pelo mercado, evidenciando um agravamento do endividamento público. A divergência em relação às estimativas do Banco Central e da Secretaria do Tesouro Nacional é clara, indicando uma deterioração das expectativas dos investidores quanto à solidez fiscal e à sustentabilidade da dívida.
Pestana ressalta avanços institucionais recentes, como a reforma tributária e o acordo entre Mercosul e União Europeia, que oferecem perspectivas positivas a médio e longo prazos. No entanto, a IFI alerta para a necessidade de medidas mais eficientes para conter as despesas e gerar superávits primários significativos.
O Relatório de Acompanhamento Fiscal de dezembro projeta despesas primárias em 19% do PIB para 2025, com variações entre 19% e 19,5% até 2034. A análise não considera o impacto do pacote de corte de gastos proposto pelo Executivo, em avaliação no Congresso. A IFI destaca que as medidas de contenção atuais são insuficientes para atingir o superávit primário necessário de 2,4% do PIB.
Diante desse cenário desafiador, o país enfrenta um grande desafio fiscal que demanda urgente atenção e ações precisas para evitar uma crise ainda mais profunda nas finanças públicas.
