SENADO FEDERAL – Brasil busca diálogo com EUA para evitar retaliação comercial e avalia adotar reciprocidade com União Europeia para venda de produtos.

O senador Humberto Costa, do PT de Pernambuco, se pronunciou sobre a decisão do governo brasileiro em não retaliar imediatamente os Estados Unidos após a Casa Branca anunciar a taxação de produtos brasileiros como aço, ferro, alumínio e etanol. Em sua avaliação, Costa considera acertada a postura de buscar o diálogo com Washington, como defendido pelo vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Geraldo Alckmin, na tentativa de obter cotas que isentem os produtos nacionais da cobrança extra.

Entretanto, o senador ressalta que se os Estados Unidos não estiverem dispostos a negociar, o Brasil pode recorrer às retaliações como forma de proteger seus interesses comerciais. Nesse contexto, a senadora Tereza Cristina, do PP de Mato Grosso do Sul, destacou a votação de um projeto de lei (PL 2.088/2023) que propõe a adoção da reciprocidade pelo Brasil em relação às exigências da União Europeia para a venda de produtos nacionais.

Além disso, a proposta de Cristina visa incluir na legislação as taxações impostas por qualquer país ou bloco comercial, bem como requisitos sociais e trabalhistas que possam impactar as exportações brasileiras. O projeto encontra-se em discussão na Comissão de Meio Ambiente (CMA) e promete gerar debates acalorados sobre as estratégias de defesa dos interesses nacionais no cenário internacional.

Dessa forma, a questão das retaliações comerciais e a busca por acordos bilaterais se tornam temas de grande relevância no cenário político atual, envolvendo não apenas o governo brasileiro, mas também autoridades do Legislativo que buscam proteger a economia nacional diante de medidas unilaterais de outros países. A necessidade de encontrar um equilíbrio entre o diálogo e a defesa dos interesses do Brasil se mostra fundamental nesse contexto de incertezas e tensões comerciais.

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