O projeto não apenas determina a mudança simbólica de capital, mas também estabelece que durante esse período os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário poderão operar em Belém. Isso significa que atos e despachos do presidente e dos ministros terão a cidade como local de emissão, conferindo à região uma visibilidade política e internacional sem precedentes. O Poder Executivo será responsável por regulamentar as medidas necessárias para essa transferência, envolvendo logística e operações que assegurem o funcionamento adequado da máquina pública em um novo local.
Senadores como Beto Faro expressaram entusiasmo com a proposta, ressaltando que ela vai além de uma mera mudança de endereço. Para Faro, a decisão reafirma o compromisso do Brasil com a sustentabilidade e evidencia a importância da Amazônia nas políticas públicas. Ele enfatizou que esta é uma oportunidade para o país projetar sua imagem global, especialmente no que diz respeito às questões ambientais.
Outro senador, Zequinha Marinho, também elogiou a proposta, fazendo um paralelo com a ECO 92, que ocorreu no Rio de Janeiro. Marinho apontou que essa mudança momentânea poderá proporcionar ao governo uma visão clara dos desafios que Belém enfrenta, como problemas de segurança, saúde e infraestrutura, destacando as disparidades entre a imagem tradicional e a realidade que os moradores do Pará vivem.
A deputada Duda Salabert ressaltou que a transferência não é apenas simbólica, mas um forte compromisso do Brasil com a agenda climática e o desenvolvimento sustentável, tendo como objetivo centralizar a Amazônia nas decisões políticas globais. Essa iniciativa pode ser vista como um passo importante para refletir sobre a realidade social e ambiental da região, ao mesmo tempo em que promove uma discussão global significativa nas próximas conferências climáticas.