SENADO FEDERAL – “Banco Central e Coaf Preparam Audiência sobre Acordo com Campos Neto e Fintechs em Questão de Transparência e Rastreabilidade”

A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal realizará uma audiência pública nesta terça-feira, 25 de setembro, para discutir dois assuntos relevantes relacionados ao sistema financeiro brasileiro. O evento contará com a presença do atual presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, e do presidente do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), Ricardo Saadi. As discussões são impulsionadas por requerimentos do senador Renan Calheiros (MDB-AL), que preside a CAE.

Um dos principais temas a serem abordados na audiência é o acordo firmado entre o Banco Central e o ex-presidente da instituição, Roberto Campos Neto. Esse acordo foi crucial para encerrar um processo administrativo que investigava falhas na supervisão de operações de câmbio realizadas durante a gestão de Campos Neto. Segundo documentos anexados ao requerimento, o ex-presidente do BC pagou um total de R$ 300 mil para finalizar a questão, que vinha mantendo-se sob análise desde que ele ocupava cargos no setor financeiro. A CAE busca entender em detalhes as implicações desse acordo e as razões que levaram à sua formalização.

Além desse ponto, a audiência também se concentrará no funcionamento das chamadas “contas ônibus”, um mecanismo empregado por algumas fintechs para consolidar as movimentações de múltiplos clientes em uma única conta bancária, que é mantida por instituições parceiras. A relevância do tema está ligada às preocupações quanto à transparência e rastreabilidade dessas operações financeiras, e o senador Renan Calheiros enfatiza a importância de desvendar como o Coaf realiza o monitoramento dessas atividades para prevenir práticas irregulares.

Calheiros argumenta que é fundamental promover a transparência nesse contexto e garantir que tanto o Banco Central quanto o Coaf ofereçam explicações claras sobre assuntos que tocam diretamente a confiança da sociedade em relação ao sistema financeiro nacional. Este esforço de fiscalização é especialmente pertinente considerando que envolve autoridades que já tiveram papéis de destaque em órgãos governamentais essenciais.

O evento será interativo, permitindo que os cidadãos participem enviando perguntas e comentários por meio do telefone da Ouvidoria do Senado ou do Portal e-Cidadania. Essa interação cria uma oportunidade para que a sociedade civil se manifeste e contribua para o debate público em torno de questões essenciais para a economia brasileira. Além disso, chancelar a participação do público é um passo para fortalecer a democracia e garantir uma maior representatividade nos debates realizados no Senado.

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