Uma das principais reivindicações foi em relação ao fim da isenção de impostos para pessoas físicas, que, segundo os oradores, poderia desencorajar o investimento em ativos financeiros. O aumento na alíquota para as empresas que compram títulos destinados ao financiamento de projetos de infraestrutura também foi um ponto de discussão. A medida, na visão dos críticos, pode desestimular a participação privada em iniciativas consideradas cruciais para o desenvolvimento do país, uma vez que amplia os custos para investidores.
Os participantes destacaram que a alteração na tributação não apenas afeta o setor financeiro, mas tem o potencial de repercutir em diversas áreas da economia, conforme as empresas podem repassar os custos adicionais para os consumidores finais. Isso geraria uma cadeia de impactos que poderia desacelerar ainda mais a recuperação econômica, em um momento já delicado.
Por outro lado, alguns defensores da medida argumentaram que a mudança é uma forma de modernizar o sistema tributário, promovendo maior equidade. No entanto, o consenso entre a maioria dos debatedores foi de que a implementação deve ser feita com cautela, considerando as peculiaridades do mercado e as condições econômicas atuais.
Além disso, a audiência levantou a importância de se ouvir as vozes dos diversos setores afetados antes da consolidação da MP 1.303/2025. O debate público, segundo os especialistas, é fundamental para assegurar que as decisões tomadas sejam equilibradas e justas, levando em conta o bem-estar da sociedade e a saúde econômica do país. Assim, o diálogo ficará em aberto, à espera de mais discussões e possíveis ajustes na proposta.