Essa situação gerou preocupações entre os membros do Senado, refletindo um temor crescente sobre a concentração de poder no setor aéreo. O presidente da Comissão de Infraestrutura do Senado, Marcos Rogério, expressou sua inquietação em relação ao que poderia ser um monopólio no segmento. Ele enfatizou que essa concentração poderia trazer sérios prejuízos aos consumidores, na forma de uma significativa redução no número de rotas disponíveis e, consequentemente, na oferta de voos. O acesso a diferentes destinos fica ameaçado, o que se traduz em menos opções para os passageiros.
Além disso, o senador Jayme Campos criticou a Anac por permitir a prática controversa de “canibalização” de peças, onde componentes de aviões considerados inservíveis são reutilizados em outras aeronaves. Essa prática levanta questões sobre a segurança e a confiabilidade das aeronaves que continuam operando. O senador exortou a agência a adotar uma postura mais rigorosa na supervisão das práticas de manutenção e segurança, argumentando que a proteção da vida dos passageiros deve ser a prioridade máxima.
A situação da Voepass reflete um cenário mais amplo de desafios e responsabilidades no setor aéreo brasileiro. A segurança deve estar sempre em primeiro lugar, e as entidades reguladoras têm a responsabilidade de garantir que práticas arriscadas sejam eliminadas. O impacto dessa decisão da Anac poderá reverberar não apenas na companhia, mas em todo o setor, exigindo um compromisso renovado com a segurança e o serviço ao cliente por parte das empresas aéreas. A abordagem da agência se alinha à necessidade de proteger os interesses dos consumidores e garantir um futuro mais seguro nas viagens aéreas no Brasil.