Segundo o relatório, a economia brasileira continuará operando acima de sua capacidade potencial por um período, mas a projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para 2025 foi mantida em 1,86%, um número mais pessimista do que as projeções do Boletim Focus da Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda.
Os superávits primários registrados pelo governo central nos primeiros meses de 2025 também foram destacados no relatório. Com um resultado positivo de R$ 54,2 bilhões no primeiro bimestre, houve uma melhora significativa em relação ao mesmo período de 2024, quando o superávit foi de R$ 21,2 bilhões.
A aprovação do Orçamento para 2025, que pode ocorrer ainda nesta quinta-feira, é apontada como um fator determinante para a melhora nas contas públicas, juntamente com a elevação das receitas primárias e a queda nas despesas primárias. No entanto, a desaceleração econômica prevista para o segundo semestre representa um risco para a arrecadação, mesmo com uma inflação em níveis elevados.
Além disso, o relatório ressalta que as medidas econômicas aprovadas pelo Congresso no final de 2024 ainda não apresentaram impactos significativos nas despesas, sendo necessário monitorar sua efetividade nos próximos meses. As projeções da IFI para o IPCA, a Selic e o dólar em 2025 foram mantidas, com expectativas de 4,4% de inflação, 14,25% de taxa de juros e R$ 5,95 para o câmbio. A análise do cenário econômico indica um período de desafios e incertezas à frente.
