SENADO FEDERAL – Advogada denuncia ser usada como “bode expiatório” em investigação sobre descontos não autorizados em aposentadorias durante CPMI do INSS.

Em um depoimento contundente à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), realizado na última terça-feira, a advogada Cecília Rodrigues Mota se posicionou firmemente contra as especulações que a cercam. A profissional afirmou que está sendo tratada como um “bode expiatório” em um contexto que considera repleto de conclusões apressadas.

Cecília Mota, que se encontra sob investigação no âmbito da Operação Sem Desconto – uma iniciativa que conta com o esforço conjunto da Polícia Federal e da Controladoria-Geral da União – se defendeu das acusações relacionadas a descontos indevidos em aposentadorias e pensões. A operação, que tem como foco a apuração de irregularidades nas práticas de concessão de benefícios, levanta preocupações sobre a integridade do sistema previdenciário e o impacto nas finanças dos aposentados e pensionistas.

A advogada expressou sua insatisfação com o modo como está sendo retratada na mídia e nas investigações, afirmando que braços do governo tratam o caso com uma superficialidade perigosa, sem compreender as nuances e complexidades envolvidas. Ela apontou que os questionamentos feitos até o momento não consideram a totalidade dos fatos e a realidade do seu trabalho, levantando a bandeira da defesa jurídica e do respeito ao devido processo.

O desdobramento dessas acusações e a forma como estão sendo tratadas pela CPMI trazem à tona não apenas o debate sobre a fiscalização e a administração dos recursos previdenciários, mas também questões mais amplas sobre a responsabilização de indivíduos dentro de um sistema que muitas vezes pode ser falho. Cecília acredita que, no calor das investigações, a verdadeira essência do problema pode estar sendo ignorada, resultando em injustiças que podem comprometer não apenas sua carreira, mas também a confiança vital que os cidadãos depositam nas instituições públicas.

A resposta da advogada evidencia a necessidade de um diálogo mais profundo sobre as práticas fiscalizadoras do INSS e a importância de diferenciar entre culpados e inocentes em um cenário tão sob tensão. À medida que a CPMI continua a investigar, o clamor por transparência e justiça permanece central neste debate, refletindo uma preocupação coletiva sobre a preservação dos direitos dos segurados e a eficiência das políticas públicas implementadas.

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