O resultado da votação foi de 51 votos contra e 49 a favor da proposta, evidenciando um cenário de divisão entre os partidos no que diz respeito à política externa americana em relação à América Latina. O senador Jim Risch, presidente republicano da Comissão de Relações Exteriores, defendeu a posição do governo ao afirmar que “o presidente Trump tomou medidas decisivas para proteger milhares de americanos de narcóticos letais”, em referência ao narcotráfico, que tem sido um ponto central da narrativa entre os dois países.
A administração Trump tem alçado vozes de acusação contra o governo de Nicolás Maduro, afirmando que o presidente venezuelano tem a responsabilidade de permitir que organizações criminosas operem livremente, facilitando o tráfico de drogas rumo aos Estados Unidos. Em resposta a essas alegações, a marinha americana possui presença significativa nas águas do Caribe, empreendendo operações contra embarcações que supostamente estão ligadas ao narcotráfico.
Adicionalmente, a Casa Branca também intensificou seu jogo ao autorizar a CIA a conduzir operações secretas dentro da Venezuela, o que, segundo fontes, faz parte de uma estratégia mais ampla para desestabilizar o regime de Maduro. Esse movimento evidencia a crescente disposição do governo americano em interferir diretamente em questões internas venezuelanas, refletindo uma abordagem assertiva e, em muitos casos, agressiva em sua política externa.
Dessa forma, a rejeição da resolução pelo Senado não apenas ressalta a divisão política interna, mas também indica que a administração Trump continuará a atuar com liberdade em suas estratégias militares e de inteligência na região, mesmo diante de um Congresso dividido. A situação na Venezuela, marcada por crises econômicas e políticas, deve continuar a ser um ponto focal nas relações entre os dois países nas próximas semanas.
