Essa iniciativa proposta gerou um acalorado debate em torno da utilização das Forças Armadas em missões que, segundo críticos, poderiam desestabilizar a região do Caribe. O senador Jack Reed, de Rhode Island e membro sênior do Comitê de Serviços Armados, alertou para os riscos associados a ações militares descontroladas, que potencialmente poderiam levar a confrontos com governos vizinhos e à expansão do envolvimento militar dos EUA sem um plano estratégico claro.
Por outro lado, Tom Cotton, senador republicano do Arkansas e presidente do Comitê de Inteligência do Senado, defendeu a postura do presidente, afirmando que ele está apenas cumprindo uma promessa de campanha de combater cartéis de drogas. Cotton alega que os ataques em curso são limítrofes e legalmente justificados, reforçando a intenção do governo dos EUA de enfrentar o tráfico de drogas que supostamente opera a partir da Venezuela.
Até agora, as Forças Armadas já realizaram pelo menos quatro ataques no Mar do Caribe, com o mais recente em 3 de outubro. Nesse ataque, que ocorreu próximo à costa venezuelana, pelo menos quatro indivíduos foram reportados como mortos, segundo o secretário de Guerra dos EUA, Pete Hegseth. Além disso, há informações de que Trump considera a possibilidade de implementar ataques terrestres.
Durante uma sessão recente do Comitê de Serviços Armados, Kaine revelou que as autoridades do governo não explicaram adequadamente os motivos que levaram à decisão de destruir essas embarcações em vez de simplesmente interceptá-las, levantando preocupações sobre a possibilidade de danos a civis inocentes, entre eles potenciais vítimas de tráfico de pessoas.
Recentemente, o presidente colombiano, Gustavo Petro, citou um incidente em que uma das embarcações atingidas era de bandeira colombiana, o que complicou ainda mais a situação e suscitou questionamentos sobre o envolvimento de cidadãos colombianos. Historicamente, as operações de combate ao tráfico eram conduzidas pela Guarda Costeira dos EUA, o que levanta questões sobre a necessidade atual de intervenção militar.