A votação para a confirmação de Miran aconteceu de maneira predominantemente partidária, com um resultado apertado de 48 votos a favor e 47 contra. Seu nome havia passado pela avaliação do Comitê Bancário do Senado na semana anterior, onde recebeu apoio unânime dos senadores republicanos, enquanto todos os membros do partido democrata se opuseram à nomeação.
A indicação de Miran levanta preocupações sobre a independência do Federal Reserve, uma instituição tradicionalmente vista como um bastião de autonomia em relação aos interesses políticos. Durante a audiência de confirmação, Miran declarou que continuaria a ocupar sua posição como presidente do Conselho de Consultores Econômicos da Casa Branca, embora tenha anunciado que tiraria uma licença não remunerada. Este fato gerou críticas por parte dos senadores democratas, que argumentam que tal postura poderia comprometer a integridade e a autonomia do banco central.
Com a crescente polarização política nos Estados Unidos, a nomeação de Miran é emblemática das tensões entre as duas principais facções políticas do país. A preocupação com a influência política no Fed é uma questão recorrente, especialmente em tempos de incerteza econômica e discussões sobre o caminho a seguir em relação a taxas de juros e controle da inflação. Especialistas em política monetária alertam que a independência do banco central é fundamental para garantir a estabilidade econômica e a confiança dos mercados.
Assim, a aprovação de Miran não apenas marca um novo capítulo na liderança do Federal Reserve, mas também destaca as complexas interações entre política e economia, que continuarão a moldar o cenário econômico dos Estados Unidos nos próximos anos.