A reforma, que já havia sido aprovada na Câmara Baixa na semana passada, recebeu 86 votos favoráveis e 41 contrários no Senado. Com a nova legislação, mais de 6 mil juízes e magistrados, incluindo os da Suprema Corte, terão seus nomes definidos através de eleições com participação popular.
Além da eleição de juízes, a reforma constitucional também prevê outras mudanças significativas, como a redução de juízes da Suprema Corte de 11 para 9 e a diminuição dos mandatos para 12 anos. Outra alteração importante é a redução do tempo de experiência profissional necessário para ocupar o cargo de juiz, de 10 para 5 anos.
Essa vitória para o governo de Andrés Manuel López Obrador deve ser destacada, visto que a medida foi duramente criticada pela oposição, que argumenta que a votação popular para escolha de juízes pode representar uma ameaça ao Estado de Direito no país. O atual presidente está prestes a deixar o cargo para que Claudia Sheinbaum assuma a presidência no próximo dia 2 de outubro.
Com a aprovação desta reforma, o México passa por um momento histórico em seu sistema judiciário, abrindo precedentes para como outros países podem passar por mudanças semelhantes no futuro. A implementação da votação popular para escolha de juízes certamente trará debates acalorados sobre a independência do Judiciário e a participação da sociedade nas decisões do país.