A proposta mais recente sugere a redução da jornada máxima de trabalho de 44 horas semanais para 36 horas, organizando a carga horária em cinco dias de trabalho, seguidos por dois dias de descanso remunerado. Essa reforma é vista como um avanço significativo para os direitos trabalhistas, com o potencial de melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores, permitindo mais tempo para descanso e atividades pessoais.
No entanto, a discussão em torno deste projeto é marcada por controvérsias. A proposta enfrenta resistência de setores que temem os impactos econômicos que a mudança poderia acarretar, especialmente para os empregadores. Dúvidas sobre a viabilidade financeira para empresas, especialmente de pequeno porte, são um ponto central nas discussões. Além disso, a possibilidade de adoção de modelos de trabalho mais flexíveis e adaptáveis ao contexto atual também é uma preocupação que merece atenção.
As audiências públicas programadas pela CCJ visam garantir um espaço para que diferentes segmentos da sociedade possam expressar suas opiniões sobre a mudança. Com isso, o Senado busca promover um debate amplo e democrático, considerando as diversas perspectivas sobre a jornada de trabalho. O caminho para a aprovação da proposta ainda é incerto, especialmente diante dos desafios históricos que projetos similares enfrentaram anteriormente. No entanto, a crescente pressão popular e o apoio governamental podem dar novo fôlego a esta importante discussão sobre os direitos trabalhistas no Brasil.