Senado desarquiva projeto de lei que restringe indicação de transgênicos nos rótulos de alimentos em nova votação no Plenário.

Um projeto de lei que visa restringir a indicação de transgênicos nos rótulos de alimentos voltará a ser discutido no Senado. O requerimento para desarquivamento do PLC 34/2015, apresentado pelo senador Luis Carlos Heinze (PP-RS) e outros 26 parlamentares, foi aprovado pelo Plenário nesta quarta-feira (6). O projeto, que havia sido arquivado no final do ano passado após sete anos de debate, agora será analisado pelo Senado.

O PLC 34/2015, que foi apresentado pelo senador Heinze quando ele ainda era deputado federal, passou por diversas etapas de avaliação no Senado. Após ser aprovado na Câmara dos Deputados, o projeto foi analisado em cinco comissões, sendo rejeitado em três delas e aprovado nas demais.

Caso o projeto se torne lei, haverá mudanças significativas na forma como os transgênicos são indicados nos rótulos de alimentos. Atualmente, a Lei de Biossegurança (Lei 11.105, de 2005) determina que a presença de transgênicos seja indicada nos rótulos dos alimentos. No entanto, o PLC 34/2015 propõe que apenas quantidades superiores a 1% de material transgênico no produto acabado sejam informadas.

Além disso, o projeto também prevê a retirada do símbolo atualmente utilizado para identificar alimentos com matéria-prima transgênica – a letra T gravada em negro dentro de um triângulo de fundo amarelo. Em seu lugar, a proposta mantém apenas a informação escrita – “contém (nome do ingrediente) transgênico”.

A discussão em torno do uso de transgênicos nos alimentos é polêmica e levanta questionamentos sobre a transparência na informação repassada aos consumidores. Enquanto defensores do projeto argumentam que as indicações atuais geram alarmismo desnecessário, críticos argumentam que a população tem o direito de saber o que está consumindo.

O tema promete gerar debates acalorados no Senado, à medida que os senadores se preparam para analisar o projeto e suas possíveis repercussões na sociedade. A decisão final sobre o destino do PLC 34/2015 está agora nas mãos dos legisladores, que terão a responsabilidade de ponderar os argumentos de ambos os lados antes de votar a favor ou contra o projeto.

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