O secretário de Estado do Meio Ambiente, Gino César, representando o governador Paulo Dantas, destacou a importância da participação ativa de Alagoas nesse debate fundamental para a preservação ambiental. Segundo ele, a desertificação é um desafio global que não afeta apenas o Nordeste brasileiro, mas diversas regiões do país, ressaltando a necessidade de uma abordagem integrada e abrangente.
O seminário marca o processo de atualização do Plano de Ação Brasileiro de Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos da Seca (PAB), que se tornou mais urgente com a criação da Política Nacional de Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos da Seca (PNCD) em 2015. A liderança do Ministério do Meio Ambiente e Mudança Climática (MMA), em colaboração com instituições renomadas, como a Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), a Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) e a Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), tem a expectativa de elaborar um novo plano participativo e abrangente que contemple as realidades regionais.
Durante o evento, a pesquisadora Edneida Cavalcanti ressaltou a importância dos seminários como meios de mobilização e diálogo entre diferentes setores da sociedade. Ela destacou a necessidade de escuta ativa e reflexão coletiva para elaborar propostas eficazes no combate à desertificação, seca e degradação da terra.
A Semarh contribuiu com o evento apresentando o Monitor de Secas, uma ação inovadora que auxilia na tomada de decisões diante do fenômeno. Os técnicos também forneceram um panorama da situação de Alagoas em relação à desertificação e seca, fornecendo informações úteis para a elaboração do 2º PAB.
O processo de atualização do PAB envolverá 10 seminários estaduais e quatro regionais em todo o país e deve ser concluído até o final de setembro. O plano será apresentado e discutido em âmbito federal, culminando com a participação na COP16, prevista para dezembro na Arábia Saudita.