A contadora Gisele Fernandes, de 39 anos, esteve no Norte Shopping neste domingo em busca de presentes para suas irmãs, sobrinhos, pai e namorada. Com uma extensa lista em mãos, que inclui sapatos, brinquedos e semijoias, ela diz que o segredo é aproveitar as promoções.
Até quem se diz acostumado com a alta dos preços nesta época do ano se surpreendeu.
A professora Rose Lopes, de 60 anos, diz que costuma fazer suas compras de fim de ano a apenas duas semanas faltando para o Natal, em dias de preços mais elevados que o comum, ela relata ter ficado surpresa com os valores em 2023. Ela observa que a maioria dos clientes do shopping está aproveitando o passeio para comprar produtos indispensáveis na ceia, como castanhas, nozes, passas e até mesmo bacalhau.
O gerente das Casas Pedro do shopping, Rodrigo Chagas, de 39 anos, concorda. Segundo ele, ontem, em menos de quatro horas, cerca de 300 pessoas compraram bacalhau, e muitos também levaram castanha portuguesa.
Já o panetone não parecia fazer sucesso. Na Casa Bauducco, por volta das 14h, apenas oito panetones haviam sido vendidos, conta a gerente Dávila Vieira, de 28 anos. A Lindt, de chocolates, também estava vazia.
Uma das compradoras, Cristina da Silva, de 52 anos, considerou o preço do panetone razoável, mas conta que os demais itens acabaram por estourar seu orçamento.
Nas redes sociais, clientes do Carioca Shopping, em Vila da Penha, disseram que as lojas estavam lotadas para as compras de Natal, assim como os restaurantes, que tinham filas longas na entrada.
A estudante Anna Carolina Brasil, de 24 anos, aproveitou o sábado para almoçar no Shopping Tijuca. Encontrou corredores lotados, repletos de clientes em busca de presentes de última hora para o Natal. Lojas de perfumaria e roupas, conta, eram as que mais tinham filas.
O West Shopping, em Campo Grande, Zona Oeste do Rio, estima crescimento de 20% nas vendas, em relação ao mesmo período de 2022, com mais de 1 milhão de consumidores passando pelas lojas neste fim de ano.