Enquanto isso, Cappelli está de férias com a família e ainda não deu uma resposta à proposta de Paes. Em uma publicação nas redes sociais, ele afirmou que, após as férias, voltará para colaborar com a transição no Ministério da Justiça. Sua saída da pasta é vista como iminente por pessoas próximas, mesmo que formalmente ele tenha afirmado que não pediu demissão.
Nos últimos dias, Paes e Cappelli têm trocado acenos nas redes sociais sobre a situação de criminosos que exigiram recursos de empreiteira para a implantação de uma obra na Zona Oeste da cidade. O prefeito alertou Cappelli sobre a ameaça de paralisação das obras caso o pagamento não fosse realizado, e o secretário-executivo, atuando como ministro da Justiça interino, afirmou ter acionado equipes da Polícia Federal para agir contra a situação.
A saída do atual ministro da Justiça, Flávio Dino, para ocupar uma cadeira no Supremo Tribunal Federal (STF), abre incertezas sobre o futuro de Cappelli. Inicialmente, foi cogitada a recriação do Ministério da Segurança Pública para manter a participação do PSB na Esplanada, já que tanto Dino quanto Cappelli são filiados à legenda, mas a ideia não vingou.
Com a chegada de Lewandowski, a composição do ministério pode sofrer mudanças que comprometam o cargo de Cappelli. No entanto, o secretário-executivo tem afirmado a aliados que concordaria em permanecer no Ministério da Justiça se pudesse continuar no mesmo cargo. A situação segue indefinida, mas a possibilidade de Cappelli deixar o governo para integrar a gestão de Eduardo Paes parece cada vez mais provável.