Secretário do Tesouro dos EUA Atribui Alta da Carne Bovina a Imigrantes Sem Provas, Enquanto Econômicos Alertam sobre Tarifas e Escassez

Em um episódio controverso de uma entrevista publicada recentemente, o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, fez declarações que suscitaram debates acalorados sobre a inflação da carne bovina no país. Durante sua participação no programa “Sunday Morning Futures”, Bessent, sem apresentar evidências concretas, associou o aumento dos preços da carne à presença de imigrantes da América do Sul, sugerindo que estes estariam trazendo gado doente para o território americano.

A entrevista, conduzida pela apresentadora Maria Bartiromo, foi desencadeada por declarações do CEO da Omaha Steaks, Nate Rempe. Em um pronunciamento na sexta-feira, Rempe advertiu que os consumidores americanos poderiam enfrentar preços exorbitantes, chegando a US$ 10 por libra de carne moída, em razão da diminuição na oferta de gado.

Em resposta a essas questões, Bessent afirmou que as importações de carne bovina do México foram interrompidas devido à ameaça de uma doença conhecida como ‘screwworm’ (bicheira-do-novo-mundo), indicando que a presença de gado infectado por imigrantes estaria exacerbando a situação. Essa afirmação gerou uma onda de reações nas redes sociais, onde usuários criaram memes satirizando a ideia, retratando vacas sendo embarcadas em aviões ou sendo lançadas sobre a fronteira com o México.

Contrapondo-se a Bessent, economistas atribuem a alta nos preços da carne à política tarifária implementada pelo governo anterior, que, em abril, definiu uma taxa de 10% sobre várias importações, incluindo a carne bovina. Para as carnes brasileiras, a situação é ainda mais complicada, com uma sobretaxa adicional de 40% ainda em vigor, que continua a pressionar as famílias americanas financeiramente.

O impacto do aumento no custo de vida se torna cada vez mais visível, levando o governo a considerar revisões na política tarifária.Ainda assim, enquanto algumas tarifas foram reduzidas, a sobretaxa de 40% sobre a carne proveniente do Brasil permanece, perpetuando a situação delicada enfrentada pelos consumidores. A relação entre política imigratória, tarifas comerciais e a economia interna está em foco, com cidadãos e analistas atentos às futuras implicações dessas políticas.

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