Durante sua viagem, Blinken visitará Israel, Egito e Catar, principal intermediário com o Hamas, que controla a Faixa de Gaza e mantém um escritório em Doha. A visita também ocorre num momento em que a administração Biden mostra gradualmente mais frustração com Israel, com sanções impostas na quinta-feira aos colonos extremistas. Além disso, a proposta em discussão envolve interromper os combates por um período inicial de seis semanas, enquanto o Hamas libertaria os reféns capturados em outubro em troca de prisioneiros palestinos.
Blinken expressou otimismo sobre o possível sucesso da “proposta boa e forte” e disse que espera que haja progresso durante sua visita à região. No entanto, o Hamas declarou que não há acordo, e há divisão em Israel, com falcões que se opõem a supostas concessões ao grupo palestino.
O conselheiro de segurança nacional de Biden, Jake Sullivan, destacou a importância de atender às necessidades do povo palestino em Gaza, que está enfrentando escassez de alimentos, água, remédios e abrigo devido à campanha militar israelense que deixou a região em escombros. A pressão por mais ajuda humanitária em Gaza surge diante do risco de fome e da grave situação humanitária na região.
A viagem de Blinken também incluirá conversações na Arábia Saudita, que antes do ataque de outubro estava considerando estabelecer relações com Israel. Após reuniões com o príncipe herdeiro Mohammed bin Salman em janeiro, Blinken afirmou ver um “interesse claro” em prosseguir com a normalização das relações.
O secretário de Estado dos EUA também enfrentará o desafio de lidar com as críticas crescentes contra Israel no mundo árabe devido à ofensiva em Gaza, que resultou em centenas de mortes e deixou a população local em uma situação desesperadora. A situação permanece em evolução, e espera-se que Blinken busque alternativas para trazer um fim para o conflito e trazer alívio humanitário para a região.