No município de Tabatinga, localizado na fronteira com a Colômbia, o Rio Solimões atingiu a marca recorde de -171 mm, na última quinta-feira. Já no mesmo dia, o Rio Acre, em Rio Branco (AC), registrou a cota 126, sendo esse rio um importante afluente do Purus, que por sua vez deságua no Amazonas.
A capital do Acre tem sido uma das cidades mais afetadas pelas queimadas e o efeito da fumaça resultou em uma qualidade de ar tão baixa que levou à suspensão das aulas e ao cancelamento do desfile do 7 de setembro. Além disso, o Rio Madeira, em Porto Velho (RO), também atingiu um nível historicamente baixo – 41 centímetros, o que levou o SGB a adotar uma nova régua de medição até os centímetros.
A redução contínua do nível do Rio Madeira, que começou em julho, tem se agravado nos últimos dias. Em menos de 10 dias, o rio baixou mais 55 cm, atingindo uma marca sem precedentes. Esta situação é reflexo da falta de chuvas e do aumento das queimadas na região, que também tem afetado a população e a infraestrutura local.
Além dos casos mais críticos, existem outros locais na Bacia do Rio Amazonas classificados como “seca extrema” e “seca” pelo SGB. A situação demanda atenção e medidas urgentes para lidar com os impactos da seca prolongada e suas consequências para a região amazônica.