No Pantanal, o Rio Paraguai em Ladário também bateu recorde negativo em 2024, chegando a -69 cm. O Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) apontou que o Brasil enfrentou a maior seca dos últimos 70 anos, com mais de 80% dos municípios sofrendo com algum grau de seca, sendo que 1.349 encontravam-se em níveis severos e extremos.
A recuperação dos rios tem sido afetada pelo atraso da estação chuvosa, sendo a Bacia do Rio Amazonas a mais difícil de se recuperar devido à complexidade de seus rios volumosos. Cidades como Manaus chegaram a ficar mais de um ano sem chuvas, agravando a situação.
Em 2024, os recordes negativos se estenderam por todas as estações de medição dos rios, com o Rio Solimões e o Rio Amazonas superando marcas anteriores. No Pantanal, além de Ladário, outros pontos como Barra do Bugres e Porto Murtinho também registraram os maiores índices negativos da série histórica.
O prognóstico indica que a recuperação dos rios da Amazônia e do Pantanal pode ocorrer até a segunda quinzena de dezembro, mas os efeitos da seca são cumulativos e podem persistir por longos períodos. A seca tem se intensificado e se tornado mais frequente desde a década de 1990, com este ano superando os anos anteriores em termos de extensão da área afetada.
Quase 5 milhões de km² do território nacional foram impactados pela seca em 2024, representando 59% de toda a área do país, indicando uma piora significativa em relação aos anos anteriores. A situação alerta para a necessidade de medidas urgentes para enfrentar os efeitos das secas recorrentes na região amazônica e no Pantanal.