Logo após a identificação da linhagem XEC, o Ministério da Saúde e as secretarias Estadual e Municipal de Saúde do Rio de Janeiro foram prontamente informados. As sequências genéticas decodificadas foram compartilhadas na plataforma online Gisaid, demonstrando a importância da colaboração e do compartilhamento de informações nesse contexto de pandemia.
Essa variante XEC foi classificada pela OMS como uma variante sob monitoramento devido às mutações no genoma que levantam suspeitas sobre o comportamento do vírus. A XEC começou a chamar atenção em junho e julho de 2024 na Alemanha e se espalhou rapidamente pelo mundo, atingindo diversos países e continentes. Paola Resende, pesquisadora do Laboratório de Vírus Respiratórios do IOC, destacou a importância de monitorar a transmissibilidade e o comportamento dessa linhagem no Brasil, considerando as particularidades imunológicas da população.
A detecção da XEC no Brasil foi possível graças a uma estratégia de vigilância que ampliou o sequenciamento de genomas do Sars-CoV-2, sendo fundamental para compreender a situação em tempo real e adotar medidas adequadas. Segundo Paola, é essencial manter o monitoramento genômico de forma homogênea em todo o país para acompanhar o impacto da XEC e detectar possíveis novas variantes que possam surgir.
A virologista ressaltou ainda a relevância dos dados genômicos na adequação das vacinas contra a covid-19, enfatizando a importância de manter um acompanhamento constante do cenário epidemiológico. A originária XEC é resultado de recombinação genética entre cepas anteriores, evidenciando a capacidade de adaptação e evolução do vírus.
Diante desse cenário, a vigilância e o monitoramento contínuo se mostram fundamentais para a prevenção e controle da covid-19, ressaltando a importância da cooperação internacional e do investimento em pesquisas e tecnologia para enfrentar os desafios impostos pela pandemia.









