SAÚDE – Vacinação contra poliomielite no Rio de Janeiro em níveis críticos: apenas 95% do esperado e risco de reaparecimento da doença em gerações não vacinadas.

A meta de 95% de cobertura vacinal estabelecida pelo Programa Nacional de Imunização (PNI) vem se mostrando um desafio no estado do Rio de Janeiro, onde esse índice não é alcançado desde 2016. Essa situação preocupa, especialmente em uma geração que, há quase quatro décadas, não vivenciou os efeitos devastadores da poliomielite. O risco do ressurgimento da doença torna-se uma preocupação real, uma vez que casos novos poderiam surgir em um contexto onde a imunização não é priorizada.

A data de 24 de outubro, que marca o Dia Mundial de Combate à Poliomielite, assume grande relevância à luz dos baixos índices de vacinação verificados nos últimos anos. Para muitos fluminenses, esta é uma oportunidade de se conscientizar sobre os riscos da não vacinação e as consequências disso, especialmente considerando que o último caso da doença no estado foi registrado em 1987.

Diante deste cenário alarmante, a Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro (SES-RJ) faz um apelo à população. A Campanha Nacional de Multivacinação, que se estende até o final do mês, visa vacinar crianças que ainda não receberam a imunização contra a poliomielite. Claudia Mello, secretária de Estado de Saúde, destacou a importância da vacina, citando o icônico personagem Zé Gotinha, que simboliza a luta contra a doença.

Embora o percentual atual esteja longe da meta desejada, Mello fez questão de ressaltar que houve avanços nos índices de cobertura vacinal nos últimos anos. A secretária ainda reforçou que a campanha oferece não apenas a vacina contra a poliomielite, mas também todas as vacinas do calendário nacional, com ênfase no resgate de crianças e adolescentes que estão com suas doses atrasadas.

Para a poliomielite, a estratégia da SES-RJ inclui a administração de quatro doses da vacina injetável contra a doença, que agora substitui a versão oral. Keli Magno, gerente de Imunização da SES-RJ, reiterou o compromisso da secretaria em melhorar a cobertura vacinal, ressaltando que esse esforço não se restringe apenas à poliomielite, mas abrange diversas outras doenças.

A coordenadora de Vigilância Epidemiológica, Cristina Giordano, atua como uma voz de alerta, lembrando a população da importância de manter a carteira de vacinação em dia. Giordano enfatiza que a circulação do vírus da poliomielite em outros países representa um risco real. Uma pessoa não vacinada poderia contrair a doença durante uma viagem e, consequentemente, trazer o vírus de volta ao Brasil, representando uma ameaça à saúde pública. A vacinação, portanto, continua sendo a única forma eficaz de prevenção contra a poliomielite, e a conscientização da população é fundamental para evitar o ressurgimento dessa doença.

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