O procedimento é considerado simples e rápido. Realiza-se uma coleta de sangue no calcanhar do bebê, uma região rica em vasos sanguíneos, que é então transferido para um papel filtro especial, que será enviado para análise laboratorial. Para garantir a eficácia do exame, a recomendação é que ele seja realizado entre o terceiro e o quinto dia de vida da criança.
A coordenadora de Saúde da Criança da SES-RJ, Roberta Serra, ressalta a importância do exame ao afirmar que “são gotas de amor que salvam vidas”. A análise possibilita a detecção precoce de doenças raras, oferecendo a oportunidade de tratamento e, assim, reduzindo a mortalidade e as sequelas em crianças. A partir de agosto de 2023, houve uma ampliação significativa nas doenças rastreadas, incluindo condições como o ciclo da ureia, anemia falciforme, fibrose cística, fenilcetonúria e hipotireoidismo congênito.
Desde 2017, a SES-RJ firmou uma parceria com a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais do Rio de Janeiro (Apae-Rio), que realiza entre 11 e 12 mil testes mensais, com base no número de nascimentos registrados. Em 2023, a Apae-Rio efetivou 135 mil rastreamentos, e em 2024, mais de 113 mil. Atualmente, o estado conta com 1.074 unidades de saúde, incluindo UBS e maternidades, credenciadas para a realização desses testes.
Além disso, desde 2018, o Rio de Janeiro se destaca como pioneiro ao disponibilizar os resultados do Teste do Pezinho Ampliado de maneira online. Com a atualização mais recente, desde 1º de agosto de 2023, os resultados podem ser acessados através do site da secretaria, utilizando o número do papel filtro do exame e a data de nascimento do recém-nascido. Este serviço digital, oferecido pela Apae-Rio, também inclui avisos via WhatsApp para os familiares em casos de resultados suspeitos. Essa iniciativa exemplifica o compromisso do estado com a saúde infantil e a evolução na gestão de cuidados neonatais.