Os dados surpreendentes fazem parte da pesquisa Saúde Brasil, divulgada recentemente pelo Ministério da Saúde. Mesmo com a incidência de casos em crianças, a pasta avalia que a taxa de letalidade por malária na região amazônica brasileira é considerada baixa, ressaltando a importância do diagnóstico precoce e tratamento eficaz.
Uma das estratégias recomendadas para reduzir a transmissão da doença é o uso de mosquiteiros impregnados com inseticidas de longa duração (MILDs), distribuídos gratuitamente e instalados em áreas de alta transmissão por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). Essa medida preventiva é respaldada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e tem se mostrado eficaz na diminuição da população do vetor transmissor dentro das residências.
Para o tratamento da malária em menores de 12 anos, o Ministério da Saúde informou que está retomando a oferta da associação artesunato + mefloquina, conhecida como ASMQ, produzida pelo Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos), da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Essa medicação, incorporada ao Programa Nacional de Prevenção e Controle da Malária em 2009, teve sua produção interrompida em 2021, sendo retomada em 2023, com 254,4 mil unidades disponibilizadas para maiores de 12 anos. Agora, em 2024, a Farmanguinhos voltou a produzir o ASMQ para crianças menores de 12 anos, ampliando o acesso ao tratamento adequado.
Diante desses números alarmantes, é fundamental que as autoridades de saúde continuem investindo em ações de prevenção, diagnóstico e tratamento da malária, especialmente em crianças, visando reduzir a incidência e mortalidade causadas por essa doença infecciosa.