A prefeitura da cidade informou anteriormente que havia notificado a Sabesp sobre possíveis vazamentos e ligações clandestinas de esgoto na região da Enseada, apontando-os como possíveis causas para o aumento dos casos de virose na região. No entanto, a Sabesp negou essa informação e afirmou não ter recebido qualquer notificação oficial por parte da prefeitura de Guarujá.
A Sabesp salientou que os sistemas de água e esgoto da Baixada Santista estão operando normalmente e são monitorados 24 horas por dia. A empresa destacou ainda que o município possui cerca de 45 mil imóveis irregulares, cujo despejo de esgoto pode estar sendo realizado de forma inadequada, o que impactaria na qualidade das praias. A Sabesp ressaltou que as redes municipais de águas pluviais, que deveriam ser fiscalizadas pela prefeitura, deságuam diretamente no mar.
A prefeitura de Guarujá aguarda o resultado das análises enviadas ao Instituto Adolfo Lutz para esclarecer a origem dos casos de gastroenterocolite aguda (GECA), doença que causa inflamação no sistema gastrointestinal. Enquanto isso, o governo de São Paulo orienta a população a verificar a qualidade da água do mar antes de se banhar, consultando informações no site da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) ou observando a bandeira de sinalização das praias.
Das 175 praias monitoradas pela Cetesb no estado de São Paulo, 38 estão consideradas impróprias para banho. Dentre elas, estão as praias de Aviação, Vila Tupi, Vila Mirim, Maracanã, Real e Balneário Flórida em Praia Grande, e as praias de Perequê e Enseada em Guarujá. Em Santos, as praias da Ponta da Praia, Aparecida, Embaré, Boqueirão, Gonzaga e José Menino também estão impróprias para banho. É recomendado evitar o banho de mar 24 horas após períodos de chuva.